Classificação das drogas

Classificação das drogas

 

As drogas psicotrópicas agem no sistema nervoso central, produzindo alterações de comportamento, humor e cognição. De acordo com a ação destas no organismo do indivíduo, um pesquisador francês, denominado Chaloult, classificou as drogas em três grandes grupos:


Drogas estimulantes do sistema nervoso central:

Estas substâncias aumentam a atividade cerebral, uma vez que imitam ou cooperam com os neurotransmissores estimulantes do organismo do indivíduo, como a epinefrina e dopamina. Assim, dão sensação de alerta, disposição e resistência, mas que, ao fim de seus efeitos, conferem cansaço, indisposição e depressão, devido à sobrecarga que o organismo se expôs.

Algumas delas são:

nicotina
cafeína
anfetamina
cocaína
crack
merla


Drogas depressoras do sistema nervoso central:

Tais drogas apresentam uma diminuição das atividades cerebrais de seu usuário, deixando-o mais devagar, desligado e alheio; menos sensível aos estímulos externos.

Algumas delas são:

álcool
inalantes/solventes
soníferos
ansiolíticos
antidepressivos
morfina


Drogas perturbadoras do sistema nervoso central:

São aquelas drogas cujos efeitos são relativos à distorção das atividades cerebrais, podendo causar perturbações quanto ao espaço e tempo; distorções nos cinco sentidos e até mesmo alucinações. Grande parte destas substâncias é proveniente de plantas, cujos efeitos foram descobertos por culturas primitivas, associando as experiências vivenciadas a um contato com o divino.

Algumas delas são:

maconha
haxixe
ecstasy
cogumelo
LSD
medicamentos anticolinérgicos.

Cocaína

 

A cocaína é uma das drogas ilegais mais consumidas, fortes e perigosas do mundo. Extraída das folhas da coca (Erythroxylon coca), a cocaína é um alcalóide tropano e seu nome completo é 3-benzoiloxi-8-metil-8-azabiciclo (3,2,1) octano-4-carboxilico ácido metil éster.

Essa droga é sintética (produzida em laboratório) e também é considerada psicotrópica, já que atua no sistema nervoso central do indivíduo, responsável pelo comando dos pensamentos e ações das pessoas.

Descoberta na América do Sul há mais de 1200 anos, a cocaína era usada por muitos índios nativos para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço. O cientista italiano Angelo Mariani levou a cocaína para a Europa e desenvolveu um vinho baseado na planta, esse foi apreciado até mesmo pelo Papa Leão XIII.

O uso da cocaína provoca uma passageira euforia, excitação, sensação de onipotência, falta de apetite, insônia e um ilusório aumento de energia. Esses sintomas de euforia quando passam, geram uma enorme depressão ao usuário, resultando em uma busca maior por outras e maiores quantidades da droga.

Altas doses de cocaína podem resultar em convulsões, taquicardia, depressão do centro neural respiratório e depressão vasomotora. A overdose geralmente provoca arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia, levando o indivíduo a morte em menos de 3 horas.

Embora seja proibida em todo o mundo, a cocaína é a droga que mais gera dinheiro. Só nos EUA foram vendidos 35 milhões de dólares do produto em 2003.

Codependência

A codependência é um transtorno emocional que ocorre em pessoas que possuem algum familiar dependente químico. Normalmente, os portadores do transtorno são: o cônjuge, o pai, a mãe e outros que vivem em função do dependente, ou seja, dedicam a maior parte do seu tempo em função de ajudar a pessoa a ponto de deixar suas atividades de lado. Também pode ser gerado pela busca de se refugiar de situações dramáticas, da verdadeira identidade de um indivíduo e ainda de ambientes conflitantes e inseguros.

Pode-se perceber a manifestação do transtorno a partir dos seguintes sintomas:

Dificuldade de manter o equilíbrio em relacionamentos afetivos;
Frieza emocional para conseguir lidar com problemas;
Manias ligadas ao perfeccionismo;
Busca por fazer com que os outros aceitem seus pensamentos como únicos;
Compulsão por hábitos;
Sensação de incapacidade;
Baixa auto-estima;
Dores musculares;
Depressão.

Para buscar tratamento para o transtorno, a pessoa deve primeiramente aceitar sua condição. O tratamento é feito por meio de psicoterapias, grupos de ajuda, terapia familiar e alguns medicamentos, se for necessário.

cogumelos

 

Os cogumelos foram usados para fins alucinógenos há muitos anos atrás, porém seu uso ficou bastante difundido no México, onde os nativos já os utilizavam em rituais religiosos. Os cogumelos atuam no Sistema Nervoso Central e geralmente causam náuseas, dilatação das pupilas, aumento do pulso, da pressão sanguínea e da temperatura, alucinações visuais e auditivas, atuando de forma bem parecida com o LSD.

No Brasil, as espécies de cogumelos mais consumidas como drogas são as do gênero Psilocybe, principalmente a Psilocybe cubensis. Seu mecanismo atua no sentido de estimular os receptores de acetilcolina, provocando sérias alterações no indivíduo, tais como: dificuldade de controle da urina e de fezes, náuseas, vômitos, pupilas dilatadas, queda da pressão arterial, etc.

Também é muito comum o uso da espécie Amanita muscaria, que atua estimulando os neurotransmissores GABA no Sistema Nervoso Central, ocasionando alucinações visuais, alterações de humor, falta de coordenação, sonolência, etc.

cola de sapateiro

 

A cola de sapateiro é um produto feito à base de diversos solventes orgânicos, como o tolueno. Solventes são substâncias geralmente inflamáveis e facilmente introduzidas no organismo por meio de aspiração, conferindo um efeito depressor do sistema nervoso.

Por ter baixo custo e ser facilmente encontrada, um número considerável de jovens de rua e de fase escolar têm utilizado a cola de sapateiro em busca de seus efeitos. Só para se ter uma ideia, em pesquisa realizada em 2002, pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, constatou-se que a cola de sapateiro é a terceira droga mais consumida em nosso país, depois do tabaco e do álcool.

Seus efeitos incluem sensações de leveza, torpor, excitação e euforia; que tendem a ser acompanhadas por visão dupla, perda de controle, fala arrastada, andar vacilante, irritação dos olhos e mucosa, e comportamento agressivo e impulsivo. Como estes se iniciam em poucos segundos, o usuário tende a aspirá-la por diversas vezes; fazendo com que sistema nervoso e organismo em geral sejam agredidos de forma mais rápida.

Assim, o indivíduo está sujeito a transtornos como: perda de consciência, convulsões, insuficiência renal, problemas na memória, falta de equilíbrio, paralisia de membros inferiores, problemas pulmonares, depressão respiratória, arritmia cardíaca e até morte súbita. E, quando se encontra em estado de dependência, a abstinência confere a ele comportamento hiperativo e ansioso, alucinações, delírios, calafrios e irritabilidade.

Considerando estes problemas relativos à saúde pública, e o fato de que menores sob o efeito de cola cometem bem mais atos infracionais do que os que não utilizaram; a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2006, fixou regras mais rígidas referentes à fabricação, venda e distribuição da cola de sapateiro e outros inalantes. 

crack

O crack surgiu no início da década de 80. É um tipo de droga feita de cocaína e mistura de cloridrato da cocaína, amônia e água destilada, que formam pequenos grãos.

O crack pode ser usado tanto aspirado quanto fumado. Por ser uma droga barata e pelo efeito durar pouco, faz com que as pessoas a usem em grandes quantidades, o que torna o vício maior. Por ser uma droga barata, atrai mais os usuários de baixa renda.

Quando a droga é fumada pelo usuário, ela faz um barulho de “estalar”, daí surgiu o nome de crack.

Seus efeitos psicológicos são de euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima. Os efeitos físicos são: a aceleração do ritmo cardíaco, calafrios, pupilas dilatadas, pressão alta, ansiedade, falta de apetite e paranóia. Ela pode matar por overdose.

O crack é considero como uma das drogas mais fortes, pois além de manter o organismo no ritmo acelerado, também tem altos poderes viciantes.

ecstasy

 

O ecstasy é uma droga feita em laboratório (sintética) que possui o mesmo princípio ativo do LSD: a Metilenodioxidometaanfetamina (MDMA). Sabe-se que essa droga surgiu em 1912, sendo sintetizada pela primeira vez pelo químico alemão Anton Köllisch para ser usada com fins medicinais, em sessões de psicoterapia, e como inibidor de apetite.

O meio mais comum de consumo do ecstasy é por via oral, através de comprimidos, porém a droga também pode ser injetada ou inalada pelo usuário. Os efeitos do ecstasy duram em média, 10 horas. O usuário passa a sentir uma grande sensação de bem-estar e prazer, uma vontade incontrolável de conversar e às vezes, de ter algum tipo de contato físico.

A droga provoca inúmeros malefícios, tais como: boca seca, náusea, sudorese, aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, hipertemia, depressão, dor de cabeça, visão turva, manchas roxas na pele, fadiga e insônia. O aumento da pressão sanguínea provoca o aumento da temperatura do corpo, que em alguns casos pode chegar até 42 graus, levando o usuário a uma profunda desidratação, se tornando fatal na maioria dos casos.

O ecstasy é muito utilizado em festas e baladas, já que além de provocar a sensação de bem-estar e sociabilidade, é um estimulante sexual, sendo denominado também de “pílula do amor”.

heroina

A heroína é uma das mais perigosas drogas existentes. Derivada do ópio, a droga pode ser encontrada na forma natural ou sintética. Por serem originadas da mesma planta, a heroína é bastante semelhante à morfina, tanto que a heroína ao penetrar no organismo e ser processada pelo fígado, é transformada em morfina.

A principal forma de consumo da droga é através da injeção intravenosa, também é possível inalar ou fumar. O uso da droga provoca no usuário, sensações de intenso prazer, bem-estar e euforia. A heroína atua como uma substância depressora do Sistema Nervoso Central, diminuindo consideravelmente as sensações de dor, fome, tosse e desejo sexual.

O uso crônico da heroína pode ocasionar a ruptura dos vasos sangüíneos, infecções bacterianas nas válvulas do coração, doenças do fígado e rins, pneumonias, além de tuberculose. Quando a droga é utilizada em grandes quantidades, provoca náuseas, vômitos e coceira pelo corpo, sendo que a mistura de uma pequena dose de heroína com álcool pode potencializar grandemente os efeitos da droga.

O tratamento da heroína consiste na utilização de substâncias químicas sintéticas que aliviam o usuário durante o período de abstinência à droga, como o metadona, que atua bloqueando os efeitos dos opióides. Também é imprescindível um apoio psicológico para se descobrir os motivos que fizeram o indivíduo a procurar tal droga.

lança-perfume

 

O lança-perfume é um solvente químico composto por éter, clorofórmio, cloreto de etila e uma essência perfumada. Esse composto químico é produzido sob pressão dentro de tubos, assim, quando ele entra em contato com o ar, evapora rapidamente. O lança-perfume começou a se tornar popular após ser importado da Argentina, no início do século XX.

Na verdade, em alguns países, o lança-perfume não é considerado uma droga e sim um analgésico. Inicialmente, o lança-perfume era uma espécie de brincadeira, onde alguém lançava a substância em outra pessoa, dando a sensação fria e perfumada. Isso se tornou um símbolo do carnaval carioca.

O problema é que ele passou a ser inalado com fins entorpecentes: as pessoas molhavam lenços com o líquido e o aspiravam. A inalação do lança-perfume provoca efeitos de euforia, bem-estar, vontade de rir e sensação de “estar voando”. Contudo, também ocasiona a aceleração da freqüência cardíaca, a destruição irreversível de células cerebrais, alucinações, dores de cabeça, náuseas e depressão.

Os efeitos do lança-perfume são relativamente rápidos, duram em média de 15 a 40 minutos. Assim, são utilizadas cada vez mais outras doses da droga, contribuindo para o desencadeamento do ciclo vicioso. Existe também uma variação nacional do lança-perfume denominada de “Cheirinho da Loló", composto de fluido de isqueiro, B25, entre outros inalantes. Na Argentina e no Paraguai, as pessoas nem sabem o que é o lança-perfume, trata apenas de um item de exportação; já no Brasil, ele é considerado droga e seu uso ou porte pode levar à prisão por posse ou tráfico.

LSD

 

O LSD (dietilamida do ácido lisérgico) é uma substância alucinógena sintética (produzida em laboratório), cujos efeitos são profundas alterações mentais. Essa droga é um dos maiores alucinógenos que se conhece, visto que uma quantidade de apenas cem microgramas pode causar um brutal aumento nos sentidos, em um período de seis a quatorze horas.

Essa droga pode ser ingerida por via oral, injetada ou inalada, geralmente é encontrada em formas de barras e cápsulas. O LSD é produzido clandestinamente através da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpurea), sendo um pouco semelhante ao ecstasy, porém mais barato e com um efeito mais rápido.

As pessoas que mais utilizam o LSD são adolescentes e jovens de classe média alta, com a intenção de obter sensações novas e coloridas, principalmente em ambientes de festas, por exemplo. Alguns usuários acham, equivocadamente, que com o uso da droga faz com que tenham visões reveladoras, conhecendo melhor a si e aos outros.

Os sintomas físicos mais comuns do uso do LSD são: dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial, náuseas e vômitos. Entre os sintomas psicológicos estão: alucinações visuais e auditivas, confusão, pensamento sensorial, euforia seguida de profunda angústia.

maconha

 

 

A maconha, também conhecida como Cannabis Sativa, é uma planta que cresce nas condições mais adversas, possui dois gêneros, macho e fêmea. Pode ocorrer de um mesmo pé apresentar ambas as estruturas sexuais. A flor do macho é responsável por produzir o pólen que fecunda a fêmea, essa quando é fecundada enche-se de sementes que dão continuidade à geração seguinte, em seguida a flor morre. Quando a flor da fêmea não é fecundada, ela armazena a energia que gastaria na produção de sementes. Com essa energia ela excreta grande quantidade de uma resina pegajosa composta por várias substâncias diferentes, entre elas, o THC (delta-9-tetrahidrocanabinol).

O THC na maconha tem a função de protegê-la dos raios nocivos da luz, tendo em vista que a Cannabis Sativa é uma planta originária de regiões desérticas. Essa mesma resina é encontrada na planta inteira, sendo mais concentrada na flor da fêmea que é a droga propriamente dita. Além de ser um protetor solar, o THC também tem outra propriedade, a de grudar em algumas moléculas das paredes dos neurônios de animais, inclusive do homem. Essas moléculas neuronais são chamadas de receptores de canabinóides. Quando ocorre a ligação do THC com as moléculas dos neurônios, o receptor opera leves mudanças químicas dentro da célula. As mudanças são tão sutis que os cientistas não conseguem estabelecer quais são, no entanto, sabe-se que qualquer alteração dentro dos neurônios, por menor que seja, provoca efeitos sensíveis no raciocínio e na percepção.

Em 1992, o pesquisador Ralph Mechoulam descobriu o motivo pelo qual possuímos o tal receptor canabinóide. Esse receptor tem a finalidade de se ligar a outra molécula, desconhecida, fabricada pelo próprio cérebro, semelhante ao THC. A molécula foi batizada de anandamida (sânscrito, significa “felicidade”). Isso quer dizer que o nosso cérebro produz uma substância com efeitos iguais aos do THC, só que em doses menores. Não se sabe exatamente o papel da anandamida no cérebro, mas é sabido que desempenha um papel no controle da dor, há suposições de que também interfira na nossa percepção de tempo, na sensação de fome e de que esteja associada ao humor.

Por existir receptores de canabinóides em células fora do cérebro, leva a crer que o papel da anandamida seja mais abrangente do que aparenta ser. São diversos os efeitos que a maconha pode causar em seus usuários como danos na memória de curto prazo, pois o THC afeta o hipocampo, área responsável por guardar a memória recente; dificuldade em manter o raciocínio e a concentração. A maconha altera o ambiente químico do cérebro, deixando-o mais propenso a certas atividades e menos capaz de outras. Seus efeitos podem durar de duas a três horas.

Em muitos países a maconha é ilegal, inclusive no Brasil, mas há lugares onde a droga é legalizada e outros onde ela é utilizada somente com a finalidade de diminuir a dor causada por algumas doenças.

O maior problema da maconha é o aumento do tráfico, a dependência que ela gera e os altos índices de criminalidade, pois o usuário sem dinheiro passa a praticar delitos para manter o vício, ocasionando diversos efeitos socioculturais.

merla

 

A merla é um subproduto da cocaína, composto por 70% de folhas de coca e os outros 30% por ácido sulfúrico, cal virgem, querosene e outros. É uma droga feita em laboratório (sintética), obtida através da adição de solventes à folha da coca, originando um produto de constância pastosa e de cor amarelada. Essa droga pode ser ingerida na forma pura ou misturada ao cigarro de tabaco ou maconha.

Rapidamente a merla é absorvida pelos pulmões, atuando diretamente sobre o Sistema Nervoso Central. Seus efeitos são bastante parecidos aos da cocaína, provocando a sensação passageira de euforia, bem-estar e energia. Os efeitos indesejáveis são de diminuição do sono, perda de apetite, redução de peso, psicose tóxica, alucinações, delírios e confusões mentais.

O usuário de merla geralmente apresenta a ponta dos dedos amarelada, olhos avermelhados, lacrimejados e irritados, respiração difícil, tremores nas mãos, irritação e inquietação. Após o período de êxtase, começam os sintomas de profunda depressão, alucinações e uma grande sensação de medo. Em virtude da maior busca pelo prazer e para tentar “sair” da situação de depressão, o usuário procura maiores doses da merla ou outra semelhante, criando um ciclo vicioso.

O uso da merla é relativamente fácil de ser identificado, pois a droga é consumida por 80% de rapazes e 20% de mulheres entre 16 e 18 anos. Infelizmente, o tratamento para dependentes da droga é difícil, pois a abstinência da merla leva cerca de 20% dos usuários ao suicídio.

ópio


Opiáceos são substâncias oriundas de uma planta endêmica da Ásia, a papoula (Papaver somniferum), a partir do ópio: uma resina extraída desta, ao se fazer incisões em sua cápsula. Estas podem ser naturais, como a morfina e codeína; semissintéticos, como a heroína; ou, ainda, sintéticos, como o demerol, propoxifeno e metadona. Neste último caso, tais substâncias também são chamadas de opioides.

Tanto opioides quanto opiáceos são poderosos analgésicos, amplamente utilizados para tratamento da dor. Entretanto, têm grande capacidade de causar tolerância e dependência, por serem levadas ao cérebro de forma bastante rápida, atingindo regiões relacionadas à dependência e sensação de recompensa. Assim, podem gerar problemas graves àqueles que passam a utilizá-la como droga de abuso; apresentando crise de abstinência que inclui como sintomas: tremores, náuseas, vômitos, diarreias, câimbras, angústia, crises de choro, dentre outros. No Brasil, a maioria de usuários e dependentes são os profissionais da área da saúde, seguidos dos portadores de dor crônica.

Agindo de forma a diminuir as atividades do Sistema Nervoso Central, causam, por aproximadamente quatro horas, sensação de bem-estar, alívio da dor, calmaria e sonolência; ao mesmo tempo em que contraem as pupilas, reduzem as atividades gastrointestinais e diminuem os batimentos cardíacos e frequência respiratória. Assim, o abuso destas substâncias pode causar depressão respiratória e/ou cardíaca, levando o indivíduo ao coma e, muitas vezes, à morte. Como muitas pessoas utilizam-nas em doses via injeção intravenosa, existe um risco eminente de ocorrer problemas relacionados à circulação sanguínea e, ainda, contaminações, como pelos vírus HIV e das hepatites; e pela bactéria Clostridium tetani.

Apesar de ser um processo longo e intensivo, existe tratamento para dependentes de substâncias derivadas da papoula, que incluem a desintoxicação por meio de medicação e abordagem psicossocial.

fonte (https://www.mundoeducacao.com.br/drogas/2/#listaartigos)